O jogo simbólico é a representação corporal do
imaginário, e apesar de nele predominar a fantasia, a atividade psico-motora
exercida acaba por prender a criança à realidade. Na sua imaginação ela pode
modificar sua vontade, usando o "faz de conta", mas quando expressa
corporalmente as atividades, ela precisa respeitar a realidade concreta e as
relações do mundo real. Por essa via, quando a criança estiver mais velha, é
possível estimular a diminuição da atividade centrada em si própria, para que
ela vá adquirindo uma socialização crescente. As características dos jogos
simbólicos são:
- liberdade de regras (menos
as criadas pela criança);
- desenvolvimento da
imaginação e da fantasia;
- ausência de objetivo
explícito ou consciente para a criança;
- lógica própria com a
realidade;
- assimilação da realidade ao
"eu".
No jogo simbólico a criança sofre
modificações, a medida que vai progredindo em seu desenvolvimento rumo à
intuição e à operação. E finalmente, numa tendência imitativa, a criança busca
coerência com a realidade.
Na pré-escola, o raciocínio lógico
ainda não é suficiente para que ela dê explicações coerentes a respeito de
certas coisas. O poder de fantasiar ainda prepondera sobre o poder de explicar.
Então, pelo jogo simbólico, a criança exercita não só sua capacidade de
pensar ou seja, representar simbolicamente suas ações, mas
também, suas habilidades motoras, já que salta, corre, gira,
transporta, rola, empurra, etc. Assim é que se transforma em pai/mãe para seus
bonecos ou diz que uma cadeira é um trem. Didaticamente devemos explorar com
muita ênfase as imitações sem modelo, as dramatizações, os desenhos e pinturas,
o faz de conta, a linguagem, e muito mais, permitir que realizem os jogos
simbólicos, sozinhas e com outras crianças, tão importantes para seu
desenvolvimento cognitivo e para o equilíbrio emocional.
Piaget descreve quatro estruturas básicas de jogos infantis, que vão se sucedendo e se sobrepondo nesta ordem:
Piaget descreve quatro estruturas básicas de jogos infantis, que vão se sucedendo e se sobrepondo nesta ordem:
Jogo de exercício, Jogo
simbólico/dramático, Jogo de construção, Jogo de regras.
A importância do jogo de regras, é que quando a criança aprende a lidar com a delimitação, no espaço, no tempo, no tipo de atividade válida, o que pode e o que não pode fazer, garante-se uma certa regularidade que organiza a ação tornando-a orgânica.
O valor do conteúdo de um jogo deve ser considerado em relação ao estágio de desenvolvimento em que se encontra a criança, isto é, como a criança adquire conhecimento e raciocina.
A importância do jogo de regras, é que quando a criança aprende a lidar com a delimitação, no espaço, no tempo, no tipo de atividade válida, o que pode e o que não pode fazer, garante-se uma certa regularidade que organiza a ação tornando-a orgânica.
O valor do conteúdo de um jogo deve ser considerado em relação ao estágio de desenvolvimento em que se encontra a criança, isto é, como a criança adquire conhecimento e raciocina.
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