REFLEXÃO

..não importará o tipo de carro que dirigi, o tipo de casa em que morei, quanto tinha depositado no banco, nem que roupas vesti. Mas o mundo pode ser um pouco melhor porque eu fui importante na vida de uma criança.”

sábado, 19 de maio de 2012

2003 - Guilherme Arantes - Aprendiz de carpinteiro


DICA DE DINÂMICA




Dinâmica do Amigo Saturnino


 Queridos amigos da terra:
Sou um garoto de Saturno e queria que vocês soubessem como eu sou.
Como aqui não inventaram a máquina fotográfica e eu não sei desenhar,vou me descrever para vocês poderem me desenhar.
Meu corpo tem uma forma de ovo grande.No alto desse ovo saem duas antenas e na ponta delas são os meus olhos.Minha boca é um risco bem grande que fica na parte de cima do ovo.Na minha barriga tem um monte de bolinhas coloridas que é por onde eu respiro.Meus braços são bem finos e compridos.Na ponta deles tem as minhas mãos que parecem luvas de boxe.As minhas pernas tem a forma de molas,porque nós gostamos de saltar,Meus pés estão sempre calçados com tênis super coloridos.Ah!O meu ouvido fica bem no alto da cabeça e parece antena de TV.
Vocês já me desenharam?Não esqueça de nada.....
eu sou bem bonito,vocês não acham?
                                                                                
                                                                                                              Tchau!!!
                                                                      Um abraço do seu amigo Saturnino
  
 . 

sexta-feira, 18 de maio de 2012

ATÉ QUANDO O PROFESSOR VAI SER TRADICIONAL!!!!!!!!


PROEPRE: Fundamentos Teóricos e Prática Pedagógica para a Pré-escola


(Org.) Orly Zucatto Mantovani de Assis

O MENININHO – Helen E. Buckley


Era uma vez um menininho. Ele era bastante pequeno. E era uma grande escola. Mas quando o menininho descobriu que podia ir à sua sala caminhando através da porta da rua, ele ficou feliz. E a escola não parecia tão grande como antes.
Uma manhã, quando o menininho estava na escola, a professora disse:         
-Hoje nós iremos fazer um desenho.
Que bom! – pensou o menino. Ele gostava de fazer desenhos.
Ele podia fazê-los de todos os tipos: leões, tigres, galinhas, vacas, trens e barcos. Ele pegou a sua caixa de lápis e começou a desenhar. Mas a professora disse:
-  Esperem um pouco! Ainda não é hora de começar!
E ela  esperou que todos estivessem prontos.
-  Agora nós iremos desenhar flores – disse a professora.
- Que bom – pensou o menininho. Ele gostava de desenhar flores e começou a desenhar flores com lápis rosa, laranja e azul. Mas a professora  disse:
-   Esperem! Vou mostrar como fazer.
E a flor era vermelha com o caule verde.
Assim – disse a professora – agora vocês podem começar.
Então ele olhou para sua flor. Ele gostava mais da sua flor, mas não podia dizer isso.
Ele virou o papel e desenhou uma flor igual à da professora.
Uma flor vermelha, com o caule verde.
Num outro dia, quando o menininho estava em aula,  ao ar livre, a professora disse:
-  Hoje iremos fazer alguma coisa com o barro.
- Que bom! Pensou o menininho. Ele gostava de barro.
Ele pensou que podia fazer todos os tipos de coisas com o barro: elefantes, camundongos, carros, caminhões. Ele começou a amassar a sua bola de barro.
Mas a professora disse:
 Esperem! Não é hora de começar. E ela esperou que todos estivessem prontos.
-   Agora! Disse a professora – nós iremos fazer um prato.
- Que bom! Pensou o menininho. Ele gostava de fazer prato de todas as formas e tamanhos.
A professora disse:
-    Esperem vou mostrar como se faz.
E ela mostrou a todos um prato fundo.
-  Assim – disse a professora – agora vocês podem começar.
O menininho olhou para o seu próprio prato. Ele gostava mais do seu prato do que o da professora, mas ele não podia dizer isso. Ele amassou o seu barro numa grande bola novamente e fez um prato igual ao da professora. Era um prato fundo. E muito cedo o menininho aprendeu a esperar e olhar e a fazer as coisas exatamente como a professora. E muito cedo ele não fazia mais coisas por si próprio.
Então, aconteceu que o menininho e a sua família se mudaram para outra casa, em outra cidade, e o menininho tinha que ir para outra escola.
Esta escola era ainda maior que a primeira. E não havia porta da rua para sua sala. Ele tinha de subir grandes degraus até sua sala.
E no primeiro dia, ele estava lá, e a professora  disse:
-  Hoje nós vamos fazer um desenho.
- Que bom! Pensou o menininho, e ele esperou que a professora dissesse o que fazer. Mas a professora não disse nada. Ela apenas andava na sala. Veio até o menininho e disse:
- Você não quer desenhar?
- Sim – disse o menininho – mas o que nós vamos desenhar?
- Eu não sei, até que você faça – disse a professora.
-  Como eu posso fazê-lo? – perguntou o menininho.
-  Da maneira que você gostar – disse a professora.
-  E de que cor? – perguntou o menininho.
- Se todo mundo fizer o mesmo desenho e usar as mesmas cores, como eu posso saber quem fez? E qual o desenho de cada um?
- Eu não sei – disse o menininho.
E começou a desenhar uma flor vermelha com o caule verde.

quarta-feira, 2 de maio de 2012


O jogo simbólico é a representação corporal do imaginário, e apesar de nele predominar a fantasia, a atividade psico-motora exercida acaba por prender a criança à realidade. Na sua imaginação ela pode modificar sua vontade, usando o "faz de conta", mas quando expressa corporalmente as atividades, ela precisa respeitar a realidade concreta e as relações do mundo real. Por essa via, quando a criança estiver mais velha, é possível estimular a diminuição da atividade centrada em si própria, para que ela vá adquirindo uma socialização crescente. As características dos jogos simbólicos são:
  • liberdade de regras (menos as criadas pela criança);
  • desenvolvimento da imaginação e da fantasia;
  • ausência de objetivo explícito ou consciente para a criança;
  • lógica própria com a realidade;
  • assimilação da realidade ao "eu".
No jogo simbólico a criança sofre modificações, a medida que vai progredindo em seu desenvolvimento rumo à intuição e à operação. E finalmente, numa tendência imitativa, a criança busca coerência com a realidade.
Na pré-escola, o raciocínio lógico ainda não é suficiente para que ela dê explicações coerentes a respeito de certas coisas. O poder de fantasiar ainda prepondera sobre o poder de explicar. Então, pelo jogo simbólico, a criança exercita não só sua capacidade de pensar ou seja, representar simbolicamente suas ações, mas também, suas habilidades motoras, já que salta, corre, gira, transporta, rola, empurra, etc. Assim é que se transforma em pai/mãe para seus bonecos ou diz que uma cadeira é um trem. Didaticamente devemos explorar com muita ênfase as imitações sem modelo, as dramatizações, os desenhos e pinturas, o faz de conta, a linguagem, e muito mais, permitir que realizem os jogos simbólicos, sozinhas e com outras crianças, tão importantes para seu desenvolvimento cognitivo e para o equilíbrio emocional.
Piaget descreve quatro estruturas básicas de jogos infantis, que vão se sucedendo e se sobrepondo nesta ordem:
Jogo de exercício, Jogo simbólico/dramático, Jogo de construção, Jogo de regras.
A importância do jogo de regras, é que quando a criança aprende a lidar com a delimitação, no espaço, no tempo, no tipo de atividade válida, o que pode e o que não pode fazer, garante-se uma certa regularidade que organiza a ação tornando-a orgânica.

O valor do conteúdo de um jogo deve ser considerado em relação ao estágio de desenvolvimento em que se encontra a criança, isto é, como a criança adquire conhecimento e raciocina.